Qual varejista desvalorizou mais nos últimos 5 anos?
O setor de varejo é um dos setores cíclicos da economia. Portanto, as empresas que atuam nesse setor são mais sensíveis a alta dos juros e da inflação. Desse modo, as varejistas, no geral, possuem uma margem de lucro bastante pequena e um endividamento alto. Elas costumam operar com prejuízo ou quando obtém lucro, notamos que ele é pouco expressivo se comparado ao tamanho da operação. Nesse sentido, caso o seu objetivo seja obter renda passiva através de dividendos, então, o setor de varejo não reúne condições para tal. Por outro lado, mesmo que você esteja interessado apenas na valorização do ativo, a depender do momento, poderá verificar um ciclo de baixa persistente nas ações do setor de varejo. Confira o nosso texto e saiba qual varejista desvalorizou mais nos últimos 5 anos.
Boa leitura.
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Qual varejista desvalorizou mais nos últimos 5 anos?
No intuito de investigarmos qual varejista desvalorizou mais entre o início de 2020 e 2025, analisaremos as ações das seguintes empresas: Magazine Luiza, Casas Bahia, Americanas (“B2W Digital”), Carrefour (“Atacadão”) e Assaí (“Sendas Distribuidora”). A ferramenta que nós utilizamos foi o comparador de ativos do Google Finance. Nesse sentido, vejamos na imagem a seguir o gráfico com a performance das ações MGLU3, BHIA3, AMER3, CRFB3 e ASAI3.
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Através do gráfico, concluímos que a Americanas (AMER3) foi a varejista que desvalorizou mais nos últimos 5 anos. Os acionistas da companhia verificaram praticamente uma destruição total do capital aplicado. É como se para cada 100 reais aplicados restassem apenas 4 centavos. Infelizmente, é pouco provável recuperar uma perda dessa magnitude.
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Porém, o cenário observado para as ações AMER3 não é algo isolado, dado que as ações da Magazine Luiza (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3) e do Carrefour (CRFB3) também acumulam uma queda superior a 70%. Por outro lado, as ações do Assaí (ASAI3) apresentam uma desvalorização superior a 50%. Conforme deduzimos a partir dos gráficos apresentados, nota-se que a alta dos juros e da inflação de alimentos é uma combinação explosiva para as empresas do setor de varejo.
Bons investimentos.