O que são dividendos?

No contexto do mercado financeiro, os dividendos representam uma forma de remuneração dos acionistas de uma empresa através da transferência direta de dinheiro da empresa para os sócios.

O cálculo e a distribuição de dividendos depende de muitas variáveis, dentre as quais podemos citar o lucro ou prejuízo obtido pela empresa em um determinado período, nível de endividamento, bem como o cenário de investimentos vivenciado pela empresa. 

Em resumo, o dividendo é o dinheiro que sai da conta da empresa e entra na conta dos sócios, desde que isso seja saudável para a empresa e a perenidade do negócio. Uma empresa que apresenta prejuízos constantes e um alto nível de endividamento possui outras prioridades, por exemplo, tornar o negócio lucrativo.   

Por outro lado, se uma empresa já está consolidada no mercado, possui lucros recorrentes, endividamento controlado, realiza investimentos para manter a sua liderança e competitividade. Então, possivelmente esta empresa possui potencial para distribuir dividendos aos seus acionistas. 

Bonificação com ações

Apesar de ser a forma mais comum de remuneração dos acionistas, a distribuição de dividendos não é a única maneira pela qual uma companhia pode remunerar os sócios.  Por exemplo, existe também a bonificação com ações. Neste caso, a empresa emite novas ações e distribui para os sócios segundo um determinado percentual estabelecido pela companhia. 

Suponhamos que uma empresa pretende bonificar os seus acionistas em 10% e um determinado acionista possui um total de 100 ações. 

Portanto, após a bonificação, o referido sócio passará a deter 110 ações, a qual é a soma do número de ações que ele possuía antes da bonificação (100) com o número de ações que ele foi bonificado (10). 

Receber ações de bonificação pode ser tão vantajoso quanto reinvestir os dividendos em ações. Já que o volume de dividendos que você recebe depende da quantidade de ações que possui, não do valor investido. 

Investimento em ações com foco na estratégia de dividendos

Conforme exposto anteriormente, os sócios de uma empresa podem ser remunerados pelo simples fato de serem sócios da empresa. Ou seja, não há necessidade de qualquer vínculo empregatício entre a empresa e o sócio para que a primeira possa remunerar o segundo. 

Neste sentido, a remuneração do acionista é diferente da remuneração do funcionário. Isso traz consigo vantagens e desvantagens. Por exemplo, o funcionário de uma empresa tem uma previsibilidade maior quanto aos seus rendimentos dado que o seu salário mensal já foi previamente celebrado com a empresa através de um contrato de trabalho. 

Entretanto, o aumento na remuneração mensal do empregado de uma empresa não ocorrerá simplesmente pelo fato da empresa ter verificado um aumento na sua eficiência e lucratividade. O contrário também é válido, caso a empresa tenha uma diminuição nos seus lucros.    

Já na perspectiva do acionista, a remuneração a ser recebida pode ser mais ou menos frequente, em maior ou menor magnitude, a depender da saúde financeira da companhia e da prosperidade do negócio. Cada empresa possui a sua política de remuneração aos acionistas, ou seja, não existe uma regra válida para todas as empresas.

Se você quer conciliar trabalho e investimentos, investir em ações que pagam dividendos é uma boa opção. Assim, você pode receber rendimentos tanto do seu trabalho quanto dos lucros da empresa em que investiu.

Referência: https://www.b3.com.br/pt_br/

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