O que fazer se uma ação ultrapassou o preço-teto?
Uma dúvida comum entre os investidores em dividendos reside sobre o que fazer caso uma ação tenha ultrapassado o preço-teto. Neste post, apresentaremos a nossa opinião sobre o tema.
Preço-teto
O preço-teto é o preço máximo que estaremos dispostos a pagar por uma ação considerando um dividend yield mínimo exigido.
Por exemplo, suponhamos que a projeção de dividendos do Banco do Brasil (BBAS3) para os próximos 12 meses é de R$ 4,20 por ação. Se exigirmos que tal dividendo represente no mínimo um yield de 6%, então, o preço-teto para a ação BBAS3 é igual a R$ 70,00. Com efeito, pois: R$ 4,20/6% = R$ 70,00.
Portanto, o preço-teto é a razão entre o dividendo por ação projetado e o dividend yield mínimo exigido.
Preço de mercado e tomada de decisão
O preço de mercado é o preço que a ação está sendo negociada no momento observado pelo investidor. Logo, o preço de mercado pode ser diferente do preço-teto. Mas afinal, o que fazermos se uma ação ultrapassou o preço-teto?
Interpretamos que a janela de oportunidade para a compra de uma ação existe quando o preço de mercado é menor ou igual ao preço-teto. Neste cenário, considerando as projeções para os próximos 12 meses, é mais provável recebermos no mínimo o yield exigido. Ou seja, a ação não está cara com base nos dividendos projetados.
Por outro lado, caso o preço de mercado tenha ultrapassado o preço-teto, então, o momento mais oportuno para a compra talvez já não se faça mais presente. Embora não seja tão vantajoso comprar, isso não implica que devemos vender o ativo. Talvez seja apenas o momento de mantê-lo e recebermos os dividendos. É provável que outras ações estejam com preços mais atrativos no momento.
De todo modo, precisamos analisar os fundamentos da empresa e suas projeções. Com efeito, pois fixando um dividend yield mínimo, a depender da variação dos lucros e dividendos da companhia, então, o preço-teto será modificado. Portanto, cabe ao investidor atualizá-lo pelo menos a cada trimestre. Caso contrário, corremos o risco de estabelecer projeções distantes do cenário mais provável a ser observado.