O que fazer com dinheiro extra?

Ao realizarmos um trabalho extra ou recebermos um aumento de salário nos deparamos com um dinheiro extra a nossa disposição. Porém, precisamos ter clareza quanto a utilização destes recursos. Nesse sentido, apresentaremos algumas dicas para um bom uso desse dinheiro extra.    

1) Pagar contas em atraso

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) realizada no mês de maio de 2023, aproximadamente 23% do total de lares paulistanos declararam ter pelo menos uma conta em atraso.

Além de incorporar juros e multa por atraso, as contas em aberto prejudicam a nossa qualidade de vida, principalmente se forem aquelas tidas como essenciais, por exemplo, água, luz, gás e internet. De fato, pois a ausência de quaisquer um destes recursos interfere nas nossas necessidades básicas. 

Portanto, se tivermos alguma conta em atraso, então, pode ser interessante utilizarmos um dinheiro extra para quitá-la. Isso nos trará mais tranquilidade e engajamento para realizarmos as tarefas do dia-a-dia.          

2) Amortizar dívidas

Ainda com base nos dados coletados na PEIC referentes ao mês de maio de 2023, aproximadamente 73% das famílias paulistanas possuem alguma dívida. Além disso, 84,5% das famílias endividadas relataram que o cartão de crédito é a principal modalidade de dívida. 

Se utilizado de maneira correta, o cartão de crédito é uma ferramenta bastante interessante para otimizar os nossos recursos financeiros, inclusive pelos serviços adicionais que podemos usufruir. Por exemplo, facilidade na realização de transações financeiras, gestão do fluxo de caixa, programa de milhas e benefícios, dentre outros. 

Por outro lado, o descontrole e a falta de organização no uso do cartão de crédito podem comprometer a nossa renda futura e gerar problemas em vez de apresentar soluções. Caso tenhamos alguma fatura do cartão de crédito em aberto, talvez seja apropriado utilizarmos um dinheiro extra para amortizar essa dívida.

Uma outra opção vantajosa na utilização de recursos extras consiste na amortização do financiamento imobiliário. Por exemplo, é comum verificarmos que o montante necessário para quitar um imóvel financiado, no seu prazo máximo, seja equivalente a no mínimo o dobro do seu valor à vista. Ou seja, adquirimos um imóvel, mas pagamos no mínimo por dois.   

O cartão de crédito é a principal modalidade de dívida entre as famílias paulistanas.

3) Formar uma reserva de emergência

Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado em agosto de 2022, aproximadamente 70% dos brasileiros afirmaram não conseguir poupar dinheiro. 

Ou seja, precisando lidar com um orçamento apertado e uma renda mais enxuta é difícil para a maioria da população brasileira constituir uma reserva de emergência, caso ela ainda não esteja constituída. Desta forma, vivemos uma situação muito frágil e delicada, dado que imprevistos acontecem, embora não saibamos quando. 

Portanto, acreditamos que a formação de uma reserva de emergência representa uma alocação bem apropriada para um dinheiro extra.   

4) Investir em qualidade de vida 

Estamos nos referindo aos investimentos de forma mais ampla, desde ativos até viagens. Ou seja, precisamos aproveitar o nosso momento presente e não apenas idealizar o futuro, até mesmo porque ele é incerto. 

Se possuímos uma boa organização das finanças pessoais, então, é preciso celebrarmos o retorno financeiro proveniente de um trabalho extra ou aumento de salário e não apenas utilizarmos tais recursos para as nossas demandas cotidianas. 

Uma viagem ou um jantar em um restaurante bacana são experiências de lazer e entretenimento que materializam o sucesso do nosso esforço diário na busca por realizarmos o melhor em nossos trabalhos.          

Referências

www.fecomercio.com.br/noticia/inadimplencia-e-endividamento-na-capital-paulista-se-mantem-estaveis-em-maio-1

noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/1-em-cada-4-brasileiros-nao-consegue-pagar-todas-as-contas-do-mes/

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