Investir com foco na liberdade financeira
Todo investidor almeja obter lucro com os seus investimentos. No entanto, a valorização de um ativo é incerta e depende do horizonte de tempo. Por exemplo, o que se desvalorizou no curto prazo pode muito bem se valorizar no longo prazo. Assim, o ganho de capital é uma atividade que, em certa medida, assume um caráter especulativo. Portanto, se você pretende investir com foco na liberdade financeira, então, a aquisição de ativos geradores de renda passiva está mais alinhada com essa perspectiva. Fique conosco até o final do texto e saiba mais a respeito das premissas que sustentam a nossa tese de investimento com foco na liberdade financeira.
Boa leitura.
Independência do trabalho assalariado
O que é mais provável: você perder o seu emprego ou o Banco do Brasil deixar de pagar dividendos? Provavelmente, a sua percepção de risco dependerá de algumas variáveis tais como: o seu cargo e tempo de empresa, a qualidade do seu trabalho, se você é acionista ou não do Banco do Brasil, dentre outros fatores. Com base na minha experiência de vida e de trabalho, eu creio que é muito mais provável uma pessoa perder o seu emprego em uma empresa privada do que o Banco do Brasil deixar de pagar dividendos.
A estabilidade no emprego é ilusória. Portanto, a primeira premissa da minha tese de investimento com foco na liberdade financeira é a seguinte: eu não posso depender da renda do trabalho assalariado. Nós não somos empregados. Nós estamos empregados. Você pode fazer o melhor no seu trabalho, mas isso não garante a sua estabilidade no emprego: um cliente insatisfeito, uma comunicação equivocada ou simplesmente uma redução no quadro de funcionários poderão implicar na sua demissão. Além do risco de demissão, cabe pontuar que a renda do trabalho assalariado sofre uma tributação maior do que a renda passiva.
Por outro lado, o Banco do Brasil reúne características que tornam o seu dividendo muito mais seguro e perene do que a nossa renda do trabalho assalariado. Com efeito, o Banco do Brasil é o 2º banco mais lucrativo do país, possui uma política de distribuição de dividendos bem estabelecida, é controlado pelo governo federal, existe há mais de 100 anos, é supervisionado pelo Banco Central do Brasil, possui milhares de funcionários e lucra bilhões de reais todos os trimestres. Portanto, quer você esteja empregado ou desempregado, ele continuará com as suas atividades diárias, muito provavelmente gerando lucros e distribuindo dividendos aos seus acionistas.
Independência da aposentadoria estatal
A previdência social está praticamente quebrada. Uma parte relevante do orçamento federal é destinada a cobrir o déficit do INSS. Embora a previdência social cumpra um papel extremamente relevante para a sociedade brasileira, podemos observar a partir das suas receitas e despesas que ela é insustentável no longo prazo. As despesas estão crescendo muito mais do que as receitas. Esse é o caminho para o fundo do poço financeiro.
Nesse sentido, a segunda premissa da minha tese de investimento com foco na liberdade financeira é que eu não devo depender da aposentadoria estatal no futuro. Eu não sei quantas reformas da previdência acontecerão até eu me aposentar. No entanto, observo que a tendência é você contribuir com o sistema previdenciário por muito mais tempo e desfrutar dos recursos por muito menos tempo. Além disso, os rendimentos estão muito aquém do necessário para garantir uma aposentadoria digna. Nesse sentido, não é raro as pessoas se aposentarem e ainda sim continuarem a trabalhar.
Na aposentadoria estatal brasileira, os contribuintes de hoje e o governo federal são aqueles que garantem os rendimentos dos aposentados. Portanto, apesar da sua idade e tempo de contribuição, pode-se dizer que a sua aposentadoria futura dependerá daqueles que estarão trabalhando amanhã. Porém, a população brasileira está envelhecendo. Ou seja, o percentual de idosos está se tornando cada vez mais relevante na pirâmide etária brasileira. O nosso sistema previdenciário apresenta uma nível de incerteza extremamente elevado. Prefiro confiar nos dividendos do Banco do Brasil. Enquanto acionista do banco, eu não preciso investir por 35 anos para então começar a receber os dividendos. Muito pelo contrário, o banco costuma remunerar os acionistas oito vezes por ano. Não há burocracia, chá de cadeira ou fila de atendimento. Na data de pagamento, o dinheiro está na conta. Isso é o que conta.
Bons investimentos.