Erros comuns dos investidores em ações

Os investidores em ações estão suscetíveis a cometer diversos erros. No entanto, existem erros comuns dos investidores em ações, ou seja, equívocos que são mais frequentes. Neste post, discutiremos dois equívocos frequentes. Nossa expectativa é contribuir para que os futuros investidores possam evitá-los ou minimizar os seus impactos, inclusive porque nós mesmos já cometemos estes erros.                  

1) Pulverizar a carteira

Este primeiro erro comum dos investidores em ações, decorre da interpretação e aplicação equivocada do conceito de diversificação. Ao longo do nosso primeiro ano no mercado de ações tivemos um total de 26 empresas na nossa carteira, o que foi um erro em nosso ponto de vista. Além de não evidenciarmos uma diminuição significativa do risco, o desempenho ficou aquém do esperado.

Um outro ponto importante reside no acompanhamento das empresas e no fluxo de informações. Quanto maior o número de empresas, maior o tempo necessário de acompanhamento. Atualmente, temos apenas 8 empresas em nosso portfólio. Melhoramos a gestão de risco, a seleção das empresas e também a performance da carteira, tanto a rentabilidade quanto o recebimento de proventos.

Embora não exista um número ideal de ações para ter em carteira, é necessário avaliarmos o nosso grau de conhecimento, bem como a nossa estratégia de investimentos. Por exemplo, dado que o nosso foco reside no recebimento de dividendos, priorizamos uma carteira mais enxuta e concentrada.

Para evitar a pulverização, a bússola do investidor é a sua própria estratégia.

2) Ficar ancorado no preço médio

Este segundo tipo de equívoco comum surge quando há uma ênfase excessiva no preço médio de aquisição de uma ação. Acredita-se que o aumento de posição em uma empresa está condicionado ao fato do preço atual ser necessariamente menor do que o preço médio pelo qual adquirimos o ativo. 

Entendemos que uma das justificativas para este erro decorre de uma interpretação e quantificação incorreta do risco. No mercado de ações, o fato de um ativo estar mais barato não significa necessariamente que ele apresenta um risco menor se comparado a um período anterior no qual ele estava mais caro. 

Por exemplo, no dia 11 de janeiro de 2023 as ações das Lojas Americanas (AMER3) encerraram o pregão aos R$ 12,00. Por outro lado, no dia seguinte o preço de abertura foi de R$ 2,80. Após o pregão do dia 11 de janeiro foi amplamente veiculado na mídia rumores sobre possíveis inconsistências contábeis no balanço da empresa. Portanto, a percepção do mercado é que o risco de se investir na empresa aumentou e não que ele diminuiu.

Para os investidores focados na estratégia de dividendos, recomendamos o preço-teto e a margem de segurança como ferramentas que podem contribuir na análise e quantificação do risco das ações de uma empresa pagadora de dividendos. Se estivermos ancorados no preço médio, esperamos que os lucros de uma empresa aumentem e as suas cotações diminuam, o que de certo modo é uma contradição.

Referências

blog.xpeducacao.com.br/como-calcular-preco-medio-de-acoes/

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