Copom eleva taxa Selic para 13,25% ao ano
Na reunião da última quarta-feira (29/01/2025), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano. Isso representou um aumento de 100 pontos-base, ou seja, 1,00%. Cabe destacar também que o Copom já sinalizou para o mercado que ele pretende aumentar a taxa básica de juros novamente em 1,00% na próxima reunião do dia 18 de março. Portanto, podemos supor que a taxa Selic estará em 14,25% ao ano já no final de março. Mas afinal, de que forma a alta na taxa Selic impacta a economia? Fique conosco até o final e confira três pontos importantes sobre o tema.
Boa leitura.
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Endividamento
Um primeiro impacto da alta da Selic é o aumento do endividamento do governo e das empresas. Isso se deve ao fato que uma parte das dívidas do governo e das empresas está atrelada ao CDI, que por sua vez basicamente acompanha a taxa de juros.
Oferta de crédito
O segundo ponto relevante com relação ao aumento da Selic diz respeito à possível diminuição na oferta de crédito. De fato, torna-se mais caro para as instituições financeiras captarem dinheiro no mercado. Portanto, elas precisam ser muito mais seletivas na hora de emprestá-lo, dado que o risco de inadimplência aumenta.
Aplicações financeiras
Uma terceira consequência da subida da Selic é que as aplicações financeiras em renda fixa atreladas à Selic passam a render mais. Por exemplo, Tesouro Selic, CDB, LCI e LCA. Ou seja, se você possui alguma destas aplicações, saiba que o seu dinheiro crescerá mais rápido.
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Conclusão
Embora a alta do juros seja positiva para alguns ativos de renda fixa, devemos lembrar que o controle do juros é um mecanismo do Banco Central do Brasil (BCB) para conter a inflação. Assim, devido à piora nas projeções da inflação, principalmente no grupo de alimentos, observamos um movimento mais abrupto na subida dos juros. O aumento dos juros é semelhante ao aumento da medicação de um paciente: nos dois casos espera-se que o resultado final seja positivo, apesar dos possíveis efeitos colaterais.
Bons investimentos.