Com qual frequência devemos comprar ações?

Uma das grandes dúvidas dos investidores diz respeito à frequência na compra de ações. Ou seja, com qual frequência devemos comprar ações? Embora não exista uma resposta única e definitiva para a pergunta apresentada, pretendemos compartilhar algumas considerações que poderão ajudá-lo a refletir e decidir sobre qual seria a frequência de aportes que está mais alinhada à sua estratégia de investimentos.      

Boa leitura.

Estratégia, meta e frequência na compra de ações

Com qual frequência devemos comprar ações? A resposta para esta pergunta está condicionada a sua estratégia de investimentos, que por sua vez deve estar alinhada às metas que você almeja alcançar através desta estratégia. 

Ou seja, considerando que você dispõe de capital para investir e que já se decidiu pela compra de ações, então, antes de se preocupar com a frequência dos aportes, é preciso que você tenha estabelecido a sua estratégia de investimentos, bem como as metas que justificam tal estratégia. De fato, um trader geralmente compra e vende ações com uma frequência muito maior se comparado a um investidor que adota uma estratégia do tipo swing trade ou buy and hold

Os especuladores realizam uma série de negócios em um mesmo dia, pois eles focam nos ganhos de curto prazo. Por outro lado, os investidores realizam poucos negócios em um mesmo mês, pois eles miram nos ganhos de longo prazo. A seguir apresentarei um exemplo prático no qual descrevo com qual frequência realizo os meus aportes.

Exemplo prático

A minha estratégia de investimentos no mercado acionário consiste em adquirir ações de empresas que atuam em setores perenes, que estejam sendo negociadas a bons preços e que pagam bons dividendos (no mínimo 6% ao ano de dividend yield). Portanto, as minhas metas se referem ao número de ações e dividendos.

Nesse sentido, tendo em vista que os ganhos das minhas aplicações serão obtidos no decorrer do longo prazo e considerando a minha capacidade financeira, eu prefiro escalonar os meus aportes de forma mensal. Além disso, em vez de comprar ações uma vez só no mês, geralmente faço duas ou três compras dentro do mês. Identifiquei que esta frequência me propicia paz de espírito, disciplina e comprometimento.

Por exemplo, no mês de julho de 2024 o meu objetivo era adquirir 300 ações do Banco do Brasil (BBAS3). Consegui superar a minha meta para este mês e já estou mais do que satisfeito. Eu comprei um total de 350 ações BBAS3 utilizando recursos próprios, bem como reinvestindo os dividendos que recebi da empresa de telefonia Vivo (VIVT3). No dia 1º de julho comprei 200 ações, no dia 3 de julho comprei mais 100 ações e, por fim, no dia 11 de julho acrescentei mais 50 ações ao meu portfólio.

Conclusão

Embora o preço médio de compra das ações seja diferente em cada uma das ocasiões que realizo os meus aportes, interpreto que isso é muito menos relevante do que alcançar a meta referente ao número de ações. Seria muita pretensão aportar na mínima do mês. É preciso gastar muito tempo e energia na tentativa de identificar o timing do mercado, se é que ele existe. Eu não sou um trader, mas sim um professor de matemática que investe com foco no longo prazo. Tenho plena consciência das minhas capacidades e limitações.        

Bons investimentos.

Referências

statusinvest.com.br

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