Alugar ou financiar um imóvel?

Uma dúvida comum entre milhares de brasileiros: alugar ou financiar um imóvel? Este é um tema difícil e converso pois não há uma resposta única e definitiva. Ao contrário, existem argumentos favoráveis e desfavoráveis para ambos os lados. Ou seja, não há consenso. Porém, cedo ou tarde todos precisamos encarar este dilema. Se você está em dúvida entre alugar ou financiar um imóvel, fique conosco até o final do texto e confira a nossa opinião a respeito do tema.

Boa leitura.   

A experiência de vida ajuda

Embora eu tenha apenas 34 anos, creio que possuo uma breve experiência para falar do tema, seja com base na minha vivência ou a partir da observação da vivência de outras pessoas. Na minha opinião, a observação e a análise crítica da realidade são duas tarefas importantíssimas que devemos cumprir cotidianamente. De fato, podemos aprender bastante sobre educação financeira por meio da observação e análise do que outras pessoas fazem com o seu próprio dinheiro. 

Nesse sentido, apresento ao leitor um pouco da minha experiência com imóveis para iniciarmos a discussão: 1) durante a minha infância e adolescência eu morei na casa própria dos meus pais; 2) após concluir a escola, eu morei no alojamento da faculdade durante os 4 anos da graduação; 3) após a faculdade, voltei a morar na casa dos meus pais; 4) depois fui morar de aluguel; 5) em 2020, a minha esposa e eu compramos um apartamento financiado; 6) entre dezembro de 2021 e maio de 2024 arcamos com as prestações e amortizações do financiamento; 7) a partir de junho de 2024 o imóvel tornou-se realmente nosso. 

Alugar ou financiar um imóvel?

Após a minha vivência com diferentes tipos de moradias, pessoas e contextos financeiros, eu estou convicto em afirmar que nada se compara ao conforto, o bem-estar, a tranquilidade e a segurança da casa própria. Portanto, eu considero que financiar um imóvel pode trazer muito mais benefícios do que alugar um imóvel. 

Eu sei que muitas pessoas podem discordar da minha opinião, porém, interpreto que o imóvel alugado está para o inquilino, assim como o trabalho assalariado está para o empregado: a estabilidade de ambos é ilusória. Ou seja, nos dois contextos você depende da boa vontade de terceiros para se manter no imóvel ou no emprego. Quando se trata de gerar renda para terceiros ninguém é insubstituível, seja o inquilino com os alugueis em dia ou o funcionário dedicado. Essa é a lógica do mercado. 

Apesar da minha opinião favorável em relação ao financiamento de um imóvel para moradia, eu creio que dois pontos importantes devem ser considerados no processo de tomada de decisão: a capacidade financeira para lidar com o financiamento e o desejo legítimo em adquirir um imóvel. 

Além de consultar o seu sonho, é preciso consultar o seu bolso. Não subestime as despesas de um imóvel.

Capacidade financeira para lidar com o financiamento

      Se você pretende adquirir um financiamento imobiliário é fundamental fazer contas e simulações, inclusive considerando uma boa margem para imprevistos. Ou seja, você não pode adquirir um financiamento simplesmente pelo fato de acreditar que as prestações cabem no seu bolso. Isso é um grande equívoco. Por exemplo, se você ficar desempregado ainda assim terá condições de pagar as parcelas em dia? É disso que se trata a margem de imprevistos. Pense em um cenário desfavorável e imagine como você iria lidar com a situação. 

      Caso você esteja preparado, então, provavelmente concluirá que o financiamento faz sentido. Caso contrário, talvez seja mais apropriado você continuar poupando e investindo o dinheiro – por exemplo no tesouro Selic – até atingir algum nível de convicção razoável para tomar uma decisão. Lembre-se que os juros do financiamento correm ao dia. Portanto, precisamos ter fôlego financeiro para estar sempre à frente dele. Com base na minha experiência, o segredo para quitar rapidamente o financiamento consiste em pagar as prestações mensais em dia e logo após um ou dois dias amortizar o saldo devedor. 

      Desejo legítimo em adquirir um imóvel

        O nosso desejo legítimo em adquirir um imóvel é extremamente importante para decidirmos se vale a pena ou não financiar um imóvel. Ou seja, devemos refletir e concluir se a compra da casa própria é um dos nossos principais objetivos de vida. Devemos avaliar se é uma prioridade ou não. Portanto, reflita se você não está entrando em um financiamento por pressões familiares ou por recomendações dos colegas de trabalho ou meramente por modismo. 

        De fato, o nosso capital é finito, logo, não é possível ter tudo de uma vez só. Todos os dias precisamos decidir sobre como alocar o nosso tempo e dinheiro de modo que tenhamos a maior satisfação possível. Por exemplo, o que seria mais satisfatório para você: comprar um celular novo de 6 mil reais todos os anos ou amortizar mensalmente 500 reais do saldo devedor do seu financiamento imobiliário? Se você prefere comprar um celular novo, talvez ainda não seja o momento de financiar um imóvel. Caso contrário, mantenha-se focado e prepare-se financeiramente para ir em busca do sonho da casa própria. Ele provavelmente é um desejo legítimo.                                       

        Bons investimentos.

        Referências

        serasa.com.br/score/blog/alugar-ou-financiar-um-imovel-o-que-vale-mais-a-pena/

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