A importância da renda passiva
No geral, temos duas fontes de renda principais: a renda ativa e a renda passiva. Neste post, discutiremos a importância da renda passiva com destaque para a sua menor tributação se comparado à renda ativa.
Renda ativa e renda passiva
A renda ativa é a renda proveniente da venda da nossa força de trabalho, bem ou serviço. Portanto, você é quem trabalha pelo dinheiro.
Por exemplo, um funcionário de uma empresa recebe o seu salário mensalmente em troca da disponibilidade do seu trabalho. Já um microempreendedor individual que possui uma loja de materiais de construção obtêm seus rendimentos através da venda dos diversos itens que a loja possui. Já um dentista autônomo, recebe os seus proventos com base nos serviços executados.
A renda passiva é a renda proveniente de dividendos, juros sobre o capital próprio (JCP), aluguéis, dentre outros. Assim, o dinheiro é quem trabalha para você.
Por exemplo, um investidor que possui ações de empresas pagadoras de dividendos e/ou cotas de fundos imobiliários recebe uma participação nos lucros das empresas e/ou fundos nos quais ele investe. Já um proprietário de um imóvel que está alugado recebe o aluguel do seu inquilino.
Embora a renda ativa seja a principal fonte de renda para a maioria das pessoas (ou até mesmo a única), a renda passiva possui uma menor tributação se comparado à renda ativa.
Além disso, acreditamos na importância da renda passiva como uma componente fundamental para que as pessoas consigam diminuir os riscos atrelados à renda ativa, obter uma renda líquida maior e trilhar um caminho consistente rumo à liberdade financeira.
Exemplos de análise
Vejamos a seguir os exemplos de três pessoas com uma renda bruta mensal de 5 mil reais cujas proporções entre a renda ativa e a renda passiva são diferentes. Na tabela abaixo temos a distribuição da renda dessas três pessoas.
Pessoa | A | B | C |
Salário Bruto | R$ 5.000,00 | R$ 4.000,00 | R$ 3.000,00 |
Dividendo Bruto | Zero | R$ 500,00 | R$ 1.000,00 |
JCP Bruto | Zero | R$ 500,00 | R$ 1.000,00 |
Renda Líquida | R$ 3.968,63 | R$ 4.203,80 | R$ 4.434,80 |
Para fins de cálculo, cabe pontuar que os dividendos são isentos de impostos de renda e os JCP são tributados em 15%.
A título de reflexão, a tributação sobre o salário aumenta, na medida que o salário aumenta. Por outro lado, isso não ocorre com os proventos. Ou seja, se você recebe 1 real ou 1 bilhão de proventos, em termos percentuais, a tributação é a mesma.
A renda líquida de cada pessoa será igual a renda bruta mensal (5 mil reais) menos os descontos.
1) Renda líquida: Pessoa A
I) Desconto INSS sobre o salário = R$ 700,00
II) Desconto IRRF sobre o salário = R$ 331,37
Ou seja, a renda líquida da pessoa A é igual a R$ 3.968,63.
2) Renda líquida: Pessoa B
I) Desconto INSS sobre o salário = R$ 560,00
III) Desconto IRRF sobre o salário = R$ 161,20
III) Desconto IRRF sobre os dividendos = Zero
IV) Desconto IRRF sobre o JCP = 75,00
Logo, a renda líquida da pessoa B é igual a R$ 4.203,80.
3) Renda líquida: Pessoa C
I) Desconto INSS sobre o salário = R$ 360,00
II) Desconto IRRF sobre o salário = R$ 55,20
III) Desconto IRRF sobre os dividendos = Zero
IV) Desconto IRRF sobre o JCP = R$ 150,00
Deste modo, a renda líquida da pessoa C é igual a R$ 4.434,80.
Conclusão
Embora a pessoa C seja aquela que possui o menor salário bruto, observamos que a sua renda líquida é a maior. Portanto, isso se deve ao fato que ela possui o maior percentual de renda passiva comparado à renda bruta dentre as três pessoas analisadas.
Adicionalmente, verificamos também que é possível obter uma renda líquida maior considerando-se uma mesma renda bruta. Sendo assim, isso pode ser alcançado através da aquisição de ativos geradores de renda passiva, tais como ações de empresas pagadoras de dividendos e cotas de fundos imobiliários.
Referência
tangerino.com.br/blog/como-calcular-irrf-na-folha-de-pagamento/