A diferença entre Tesouro Direto e ações
O Ibovespa está abaixo dos 120 mil pontos e a Selic está em 12,25% ao ano. Nesse contexto, muitos investidores se questionam se não seria mais vantajoso aplicar no Tesouro Direto do que investir em ações? Dúvida justa e importante. Todos nós, investidores, almejamos proteger o nosso capital dos efeitos corrosivos da inflação. Porém, o processo de tomada de decisão no mundo dos investimentos não é simples. De fato, precisamos conhecer os detalhes dos ativos que pretendemos adquirir, pois o risco de um investimento depende também do nível de conhecimento e experiência do investidor. Leia o nosso texto e saiba mais a respeito da diferença entre aplicar no Tesouro Direto e investir em ações.
Boa leitura.
A diferença entre Tesouro Direto e ações
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que possibilita a aquisição de títulos da dívida pública federal por parte dos investidores pessoas físicas. Ou seja, quando dizemos que pretendemos aplicar no Tesouro Direto, na verdade estamos nos referindo à compra de títulos públicos através desse programa. Logo, nos tornamos credores do governo federal. Os títulos públicos são ativos de renda fixa.
Por outro lado, quando adquirimos uma ação nos tornamos sócios de uma empresa. Uma ação é um título que representa a menor fração do capital social de uma companhia. Nesse sentido, a compra do ativo confere ao titular o direito de participar das assembleias de acionistas, receber uma parte dos lucros da empresa via dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP), além de outros eventos corporativos. As ações são ativos de renda variável.
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Onde é mais vantajoso investir?
A resposta para essa pergunta depende de diversos fatores. Ou seja, não há uma resposta única e definitiva. O que pode ser vantajoso para um investidor pode não ser para outro. De fato, precisamos levar em consideração o nosso conhecimento sobre os ativos, bem como os objetivos que pretendemos alcançar e a nossa tolerância ao risco. Cabe destacar também que a tributação sobre a renda fixa é diferente daquela que é aplicada na renda variável. Portanto, não se trata apenas de verificar qual é o ativo que possui o maior potencial de rentabilidade. Ou seja, precisamos ir além das porcentagens.
Além disso, há um consenso no mercado financeiro que os títulos da dívida pública federal e as ações são excelentes ativos para compor uma carteira de investimentos de longo prazo. Logo, pode ser eficiente ter ambos ativos na carteira. Um outro ponto importante é que, no geral, observamos uma correlação negativa entre a taxa básica de juros (Selic) e os preços das ações, embora algumas ações tenham uma excelente performance mesmo com a Selic alta. Ou seja, o movimento de alta do juros pode contribuir para uma maior depreciação nos preços das ações.
Bons investimentos.